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No meu blog segue algumas dicas de Português e algumas atualizações sobre a inclusão digital. Postagens feita no intuito de ajudar a esclarecer algumas dúvidas dos meus seguidores.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

terça-feira, 1 de junho de 2010

professora usa e-book contra indisciplina no RS

A professora de português Eloisa Menezes Pereira resolveu, aos 35 anos de magistério, dar um "basta" na indisciplina de alguns alunos de uma escola de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul: estimulou os estudantes a produzirem um e-book - livro eletrônico que pode ser lido em computadores e celulares.
Segundo ela, tudo começou quando percebeu que alguns alunos estavam se ofendendo verbalmente e até se agredindo dentro do ambiente escolar. "Decidi trabalhar com eles o tema dos cinco sentidos. Mostrar que a mão não serve apenas para bater, e a boca não foi feita para xingar", contou. Ela propôs, então, que eles escrevessem uma redação, como se fossem contar uma história para seus irmãos mais novos. "Para evitar que criassem textos tristes ou violentos", complementou.
Ao longo do processo de produção das redações, a professora ficou sabendo de um projeto da Editora Plus, o Faça um E-book na Escola. Decidiu se inscrever. A ideia dela foi selecionada, e o livro digital foi editado.
Alguns dos alunos da Escola Estadual Almirante Álvaro Alberto da Motta e Silva, na Vila Barracão, não quiseram escrever, e pediram para fazer desenhos. A professora topou. "Afinal, estávamos trabalhando com os cinco sentidos", disse. Eloisa orientou a turma de 30 estudantes a escrever cada um dos textos quatro vezes, já que, segundo ela, o foco da atividade também era treinar a língua portuguesa.
"Isso era inédito para os alunos, eles não conheciam o livro eletrônico, nem eu mesma conhecia. Ficaram entusiasmados", contou Eloisa. O livro Brincando com os Sentidos foi publicado no site da editora em outubro do ano passado, reunindo as redações e desenhos de todos os estudantes.
Para a professora Eloisa, a atividade foi fundamental para que os alunos mudassem o comportamento em sala de aula. "Eles se tornaram mais obedientes. A escola ficou com uma imagem muito boa após concluirmos o e-book", disse.
De acordo com o editor da Plus, Eduardo Melo, a publicação da turma de Eloisa foi a primeira do projeto E-book na Escola. Até o começo deste mês, mais três livros haviam sido editados: Diga sim à paz!, de uma escola de Cubatão (SP); Aprendendo com o bairro Ipanema, escritos por alunos de Porto Alegre (RS) e Juripiranga, este é o meu lugar, por estudantes de Juripiranga (PB). Todas as publicações podem ser baixadas, de graça, no site da editora.
O livro dos alunos paraibanos ganhou uma tradução em italiano. Segundo o editor, um dos colaboradores do site da editora dá aulas de português na Itália, e decidiu levar o livro como material de apoio. Os estudantes italianos gostaram tanto da publicação que decidiram fazer a versão Juripiranga - questo è il mio posto.
O projeto da editora Plus permanece na ativa, embora, no começo deste mês, nenhum livro feito por alunos estivesse sendo editado. "A alavancada é maior no segundo semestre do ano, quando as turmas ficam mais sossegadas", afirmou o editor Eduardo.
Segundo ele, se algum professor, de qualquer lugar do País, quiser participar do projeto, basta se inscrever no site da editora. "Outros funcionários da escola também podem se inscrever, mas a preferência é que os professores o façam", comentou.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4463065-EI8266,00-vc+reporter+professora+usa+ebook+contra+indisciplina+no+RS.html

terça-feira, 25 de maio de 2010

Maravilhas da enunciação.

Passagem de Alice no País das Maravilhas ilumina estudos da linguagem

José Luiz Fiorin

Alice conversa com a rainha, em ilustração de Helen Oxenbury para a edição do livro de Lewis Carroll publicada no Brasil pela editora Salamandra
O livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, trata de questões muito interessantes para a teoria da linguagem. Uma delas é o sentido de palavras, como "hoje", "ontem", "amanhã":

- Veja, agora a senhora está bem melhor! Mas, francamente, acho que a senhora devia ter uma dama de companhia!
- Aceito-a com todo prazer! - disse a Rainha. - Dois pence por semana e doce todos os outros dias.
Alice não pôde deixar de rir, enquanto respondia:
- Não estou me candidatando... e não gosto tanto assim de doces.
- É doce de muito boa qualidade - afirmou a Rainha.
- Bom, hoje, pelo menos, não estou querendo.
- Hoje você não poderia ter, nem pelo menos nem pelo mais - disse a Rainha. - A regra é: doce amanhã e doce ontem - e nunca doce hoje.
- Algumas vezes tem de ser "doce hoje" - objetou Alice.
- Não, não pode - disse a Rainha. Tem de ser sempre doce todos os outros dias; ora, o dia de hoje não é outro dia qualquer, como você sabe.

Ferdinand de Saussure, considerado o fundador da linguística moderna, explica, em seu Curso de Linguística Geral, que a linguagem é um objeto heterogêneo e multiforme, porque ela é, ao mesmo tempo, social e individual; física, fisiológica e psíquica. Ele distingue dois aspectos na linguagem: a língua e a fala. A primeira é um produto social depositado na mente de todos os falantes, composto de um sistema de oposições fônicas e semânticas (que produz os sons e os sentidos) e de regras combinatórias desses elementos. A fala é o ato individual de realização da língua. Saussure não explica como se passa de uma a outra. É o que vai fazer outro linguista francês, Emile Benveniste, que mostra que a passagem da língua à fala se dá por meio de uma instância que ele denomina enunciação, que é o ato de dizer, ou seja, "colocação em funcionamento da língua por um ato individual de utilização". Isso significa que ela é uma instância de mediação entre a virtualidade da língua e a realização da fala. Se a enunciação é o dizer, o enunciado é o dito.

Eu, aqui e agora
Na verdade, como se coloca a língua em funcionamento? Alguém assume a palavra e dirige-se a outra pessoa e, ao fazer isso, instaura-se como um eu e erige a pessoa a quem se endereça como "tu" (que, na maior parte do Brasil, é realizado como "você"). Esse ato de dizer realiza-se num tempo (agora) e num espaço (aqui). Por isso, a enunciação é a instância, denominada por Benveniste, do ego, hic et nunc, ou seja, do eu, do aqui e do agora. A partir dessa instância do falante, do seu espaço e do seu tempo, criam-se todas as distinções de pessoa, espaço e tempo na língua. O linguista francês nomeia as categorias da enunciação com palavras latinas, para indicar que elas existem em todas as línguas, em todas as linguagens (por exemplo, as visuais).

Benveniste vai chamar aparelho formal da enunciação as categorias de pessoa, de espaço e de tempo, que são centrais no exercício da língua. Os elementos dessas categorias foram denominados embreadores, termo tirado da mecânica. Embreagem é um mecanismo que permite unir um motor em rotação ao sistema de rodas que não estão girando. Palavras como "eu", "tu", "aqui", "aí", "ali", "agora", "então" são chamados embreadores, embreantes ou dêiticos, porque só ganham referência quando se conecta a língua à situação de comunicação. Se lermos, num quadro de recados, o seguinte texto: "Estive procurando-o hoje. Esteja lá amanhã sem falta", não saberemos quem é que esteve procurando, quem ele esteve buscando, quando esteve fazendo isso, quando e onde a pessoa procurada deve estar sem falta. Isso, porque alguém deve ter apagado os elementos da situação de comunicação que permitiriam ancorar os dêiticos: nome do destinatário do recado, local e data em que a mensagem foi escrita, nome do destinador. Esses dados são obrigatórios, por exemplo, numa carta, exatamente para que possamos saber os referentes dos dêiticos que aparecem no texto.

Instância linguística
No texto acima, Alice compreende bem que os dêiticos não têm uma referência fixa, como quer a Rainha: "hoje" é o dia da enunciação; "hoje" foi "amanhã" numa enunciação feita no dia anterior e será "ontem", numa enunciação no dia posterior. Como se observa, o aparelho formal da enunciação reúne língua e fala, o que significa que o exercício da língua ganha outra dimensão. Pela enunciação, o falante não só diz, mas diz-se, cria uma imagem de si mesmo: ao enunciar-se, o enunciador se enuncia. Com isso, Benveniste cria um novo objeto para a Linguística, o discurso (não se trata da fala saussuriana, domínio da liberdade e da criação). Pela enunciação, a língua converte-se em discurso. A fala é, então, apenas a exteriorização psicofísico-fisiológica do discurso.

Marcas
A enunciação deixa no enunciado seus traços e suas marcas: numa narrativa, em primeira pessoa, por exemplo, o enunciador enuncia-se no enunciado, enquanto na chamada narração em terceira pessoa ele não se deixa ver no enunciado.

A enunciação é, pois, uma instância linguística pressuposta pela existência do enunciado. Com efeito, se há um enunciado, há uma enunciação pressuposta; se há um dito é porque alguém o disse. Antes que se afirme que isso é um truísmo, é preciso atentar para a consequência teórica dessa asseveração: o eu/tu, o aqui e agora projetados no enunciado devem distinguir-se do eu/tu, do aqui e do agora pressupostos por ele. Quando se diz "Eu digo que depois da tempestade vem a bonança", há um "eu digo" pressuposto: "(Eu digo) Eu digo que depois da tempestade vem a bonança". Isso significa que esses dois "eu" não se confundem: o "eu" pressuposto é o enunciador; o eu projetado no interior do enunciado é o narrador.

José Luiz Fiorin é professor do Departamento de Linguística da USP e autor do livro As astúcias da enunciação, da Editora Ática.


Fonte:http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12024

Especialização em ensino-aprendizagem de inglês.

19/03/2010
Especialização em ensino-aprendizagem de inglês
Oferecido pela Cultura Inglesa e pela PUC-SP, o curso é gratuito e destinado a professores de ensino fundamental e médio de SP


Em parceria com a PUC-SP, a Cultura Inglesa oferece, a partir deste ano, o curso de especialização lato sensu em "Práticas reflexivas e ensino-aprendizagem de inglês na escola pública". Gratuita, a capacitação é exclusiva para educadores dos ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual de São Paulo. Para as turmas do segundo semestre, as inscrições serão abertas em junho.

Na primeira etapa do programa, os participantes aprimoram o idioma e desenvolvem fluência em um período de até 396 horas de aulas na Cultura Inglesa (o que equivale a três anos). O curso é realizado nas unidades de Saúde, Santana e Tatuapé, em São Paulo, e em Guarulhos. Na segunda fase, os docentes desenvolvem uma reflexão crítica e um aperfeiçoamento das práticas pedagógicas na sede da PUC-SP. As 420 horas de aulas (aproximadamente dois anos) dão direito ao diploma de especialização. Caso o professor já tenha nível desejável, podem ingressar diretamente no curso lato sensu. Mais informações pelo site www.culturainglesasp.com.br/formacaoredepublica.


http://www.culturainglesasp.com.br/formacaoredepublica

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Expressões Idiomáticas

FontE: www.brasilescola.com/portugues/expressoes-idiomaticas

Expressões idiomáticas ou idiomatismo são expressões que caracterizam por não identificar seu significado através de suas palavras individuais ou no sentido literal. Não é possível traduzi-las em outra língua e se originam de gírias e culturas de cada região.

Nas diversas regiões do país há várias expressões idiomáticas que são chamados dialetos. Não há um motivo lingüístico para que se considerem essas formas superiores ou inferiores às outras. Cada região valoriza e pesquisa nos últimos tempos o que pode ser feito para diminuir preconceitos lingüísticos. No modo cultural, as expressões usadas por uma pessoa que têm acesso à escola e aos meios de instrução formal são bastante diferentes das expressões usadas pelas pessoas privadas das escolas. Essas pessoas privadas das escolas desenvolvem expressões para que o determinado grupo social as compreenda e as usem. Assim origina as gírias.

Veja algumas expressões idiomáticas e seus significados abaixo:

Amarrar a cara: Fechar a cara e ficar zangado;
Bafo de onça: Mau hálito;
Chorar de barriga cheia: Reclamar sem motivo;
Dar com a língua nos dentes: Contar um segredo;
Estômago de avestruz: aquele que come qualquer coisa;
Ficar de olho: Vigiar;
Lavar as mãos: Não dar mais opinião;
Molhar o biscoito: Transar
Pé na jaca: Cometer excessos;
Quebrar o galho: Improvisar;
Trocar as bolas: Confundir-se;
Uó: Pessoa, coisa ou lugar desagradável;

Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

O Internetês e a Ortografia

Fonte: www.blogger.com/post-create.g?blogID=3718267583998566871


O internetês é a linguagem utilizada no meio virtual, mais precisamente nas salas de bate papo como orkut, messenger, blogs e outros. Como foi se tornando uma prática na vida de todos, as pessoas que utilizam esses serviços passaram a abreviar as palavras de forma que essas tornaram-se uma configuração padronizada.
É uma prática comum entre os adolescentes que, acostumados com a rapidez do mundo dos instantâneos e dos descartáveis, utilizam como meio de agilizar e dinamizar as conversas. Como se não bastasse, criaram os bichinhos e palavras que piscam o tempo todo, chamados gifs, para os bate-papos tornarem-se mais atrativos.


Figuras virtuais que caracterizam expressões

Porém, para a linguagem escrita, essa não é uma prática vantajosa. Além dos jovens terem pouco contato com o mundo dos livros, justamente por estarem mais ligados às novidades virtuais, vão perdendo as formas padrões da ortografia, que podem ficar comprometidas pela falta de contato com a grafia correta.

As escolas devem trabalhar muito quanto a esse aspecto, pois não podemos permitir que a escrita correta das línguas sejam destruídas diante das banalidades virtuais.

As famílias também devem colocar limites para os jovens, estimulando os mesmos a outras práticas de diversão, bem como estimulando-os à leitura de livros e revistas, adequados à idade dos mesmos.

Quando a criança ou o adolescente convivem com exemplos dos pais, dentro de casa, eles não resistem à leitura, e sabemos que este é um fator que enriquece o vocabulário, oportuniza o aprendizado da gramática bem como da ortografia, além dos prazeres proporcionados pela leitura.

A existência de algumas expressões fica registrada da seguinte forma: :D é uma risada, B) são óculos escuros, :( significa triste, :* é o beijo, :x caracteriza boca fechada, dentre várias outras.

Algumas palavras foram abreviadas de forma incorreta, comprometendo a ortografia como vc – você, blz – beleza, naum – não, cmg – comigo, neh – não é ou né, kd – cadê, etc.


Flw – falou, blza – beleza, kdê - cadê

Dessa forma tão esdrúxula de se escrever, costumamos nos deparar com textos escritos totalmente errados, que chocam as pessoas que preservam a forma padrão da escrita. A frase a seguir, encontrada na internet, é um exemplo disso: “naum eskreva feitu retardadu na net pq tem jenti lendu o q vc escrevi”.

Essa forma de escrita não facilita nada, pois torna-se muito mais difícil para quem já possui conhecimentos ortográficos de sua língua.

É bom lembrar que também não têm nada a ver com os acrônimos, siglas de palavras que foram universalmente estabelecidas, especialmente úteis nas telecomunicações, uma vez que permitem condensar várias palavras em poucas letras, como nos telegramas. Foram criados para serem utilizados mundialmente, de forma que não comprometessem a ortografia das línguas, o que não acontece com as abreviaturas do internetês.

Assim, é necessário buscar formas de fazer os jovens não levarem esses aprendizados para a escrita formal, pois esses ficarão prejudicados tanto na fase escolar como num futuro próximo de profissionalismo.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

Comunidades de Aprendizagem em EAD a partir do Modelo de Competências

www.blogger.com/post-create.g?blogID=3718267583998566871


Em Educação a Distância - EAD encontramos novos meios de fazer educação a partir dos recursos que estão dispostos para sua prática, ambientes cooperativos e colaborativos que se fazem necessários num espaço que requer interatividade como requisito para seu sucesso; também um tutorial que assume papéis diversos, os quais deverão ser norteados por um modelo de competências para o processo de construção do conhecimento, no que se refere suas potencialidades em todo percurso de efetivação de uma prática comprometida com um cenário real de sentimentos, emoções, atuações, contribuições, interações, diferenças, contextos.

Uma aprendizagem desconectada com o real, ou seja, a construção de um espaço sem significados no processo de construção do conhecimento poderá provocar perdas para aprendizagem, a partir da não constituição de comunidades de aprendizagem.

A falta de interatividade em rede provocará uma aprendizagem sem contexto, desarticulada em seu meio, no que se refere às intervenções reflexivas que se dão de maneira superficial, não situando os envolvidos no processo, o qual deveram assumir papel de protagonista. A aprendizagem acontecerá de forma desarticulada com as potencialidades que deveram aflorar num cenário, atual, que requer dinamismo na construção do conhecimento inviabilizando sua atuação enquanto ser de interações-modificações.

O planejamento a partir de um modelo de competências assume o compromisso com os envolvidos de forma que a contextualização as suas necessidades se faz presente na formação de um ser atuante em todo processo de construção de existência de sua atuação, enquanto sujeito protagonista de seu meio.

Ao contrário, o modelo estruturado se faz de forma desconectada com as reais necessidades dos sujeitos, público-alvo, em questão, no qual suas potencialidades surgem de forma desarticulada, em que competências e habilidades passam por despercebidas, logo pela falta de flexibilidade em sua elaboração, execução e controle.

Portanto, pensar em EAD a partir de um modelo de competências requer especialidade, logo o conceito de competências é complexo.

A articulação com as reais necessidades dos sujeitos envolvidos; o auto-respeito pelas diferenças, compartilhando vivências, as quais caracterizam-os; a valorização de uma formação norteada pela flexibilidade a partir de seu dinamismo, inerente ao meio em que se encontram, comprovam a utilidade de desenvolver uma prática por meio de competências na modalidade à distância.

Por Rodiney Marcelo
Colunista Brasil Escola